Corte no fornecimento de inseticida pelo Ministério da Saúde interrompe nebulização em Jales

Jales precisou suspender as nebulizações que ajudam a combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, chik

Cotidiano em 13 de maio, 2019 11h05m

Jales precisou suspender as nebulizações que ajudam a combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, chikungunya e zika. O motivo é a falta de inseticida, produto utilizado no “fumacê”, como é chamado a nebulização feita pela equipe da Secretaria de Saúde.

Até a quarta-feira, dia 8 de maio, Jales possuía 1560 notificações e 224 positivos, registrados somente neste ano. O serviço será interrompido em Jales a partir da sexta-feira, dia 10.

O Ministério da Saúde emitiu uma Nota Informativa para a Secretaria Municipal de Saúde, falando sobre a falta do inseticida. Trecho explica que o MS vem utilizando o inseticida Malathion EW 44%, fabricado pela empresa Bayer, empregado no controle de mosquitos Aedes aegypti para situações emergenciais com elevada transmissão das arboviroses dengue, chikungunya e Zika vírus. Desde 2017 estão sendo registrados problemas com o produto, como a sedimentação do inseticida.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que passa hoje por um desabastecimento momentâneo do produto, em decorrência de problemas em sua formulação pela empresa produtora, o que causou vazamento de embalagens, além da sedimentação do produto, o que o inviabiliza para uso. O MS disse que a empresa produtora do inseticida foi informada dos problemas e recolheu 105 mil litros do produto, para testes e ensaios de qualidade.

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“Com a crescente informação de problemas com o Malathion distribuído para os Estados, a não ocorrência da epidemia prevista nos anos de 2017 e 2018 e a baixa qualidade do produto, ocorreu à impossibilidade de utilização do inseticida, o que acarretou a expiração do prazo de validade de aproximadamente 300.000 litros do produto”. Em 2019: o estoque do Malathion na Cenadi: chegou a 377.463 litros disponíveis, ainda 299.000 litros vencidos e 105.000 litros com problemas de sedimentação.

Em janeiro de 2019 “houve autorização do Secretário de Saúde para recolhimento de lotes do inseticida para realização de testes. “Após tratativa entre Bayer, OPAS, Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) e Secretaria Executiva (SE) do Ministério da Saúde foi repassada à Bayer 105.000,00 litros para ensaios de verificação da causa da não conformidade do produto. O Ministério foi comunicado pela Bayer da reposição no mês de junho dos 105.000,00 litros de produto. Os lotes do produto já se encontram a caminho por modal marítimo”, diz a nota.

De acordo com a coordenadora da Equipe Municipal de Combate às Endemias, de Jales, Vanessa Luzia da Silva Tonholi, “só temos inseticida para uso de máquina portátil promover nebulização casa a casa até a sexta-feira. Diante disso, estamos reforçando o trabalho de combate a criação dos criadouros do mosquito e aguardando posicionamento sobre quando voltaremos a receber o inseticida”, afirma.

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