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O Apóstolo Paulo afirma categoricamente na primeira carta aos Coríntios “Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa

Coluna Notícias da Diocese por Dom Reginaldo Andrietta em 21 de outubro, 2021 20h10m
Pe. Carlos Enrique Santos da Silva, Missionário de São José
Pe. Carlos Enrique Santos da Silva, Missionário de São José

O Apóstolo Paulo afirma categoricamente na primeira carta aos Coríntios “Se Cristo não ressuscitou, vazia é a nossa pregação, e vazia também é a fé que vocês têm” (1Cor 15,14) o Kerigma, o anúncio central da fé cristã, o mistério pascal de Jesus. A Páscoa é a fonte da Esperança, é a fonte do dinamismo missionário e o conteúdo do anúncio missionário. Esta profissão de fé pública das primeiras comunidades, tem sua raiz no fato de que Jesus ressuscitado, nas aparições aos discípulos veio ao encontro dos seus, o grupo que o seguia, que instruíra e conviveu com Ele. As aparições de Jesus ressuscitado aos discípulos realizam um encontro pessoal de forma inevitável, manifestando todo poder e fidelidade da ação criadora de Deus quanto ao Seu projeto.

É a partir desta obra poderosa da ressurreição de Jesus, que o projeto de Deus vai continuar sua encarnação e presença na história da humanidade, neste encontro de Jesus ressuscitado com os discípulos, Ele os envia como testemunhas para que também todas as nações se tornem discípulas (Mt 28, 16-20). Portanto, é em razão das aparições de Jesus ressuscitado que os discípulos reunidos constituem a comunidade que recebe o mandato de ir e proclamar a Boa Nova do Reino de Deus a todos os povos e, pela ação do Espírito Santo são o novo povo de Deus a igreja de Jesus Cristo.

A nossa fé é a fé dos apóstolos, pois Cristo continua presente na história através do testemunho da igreja apostólica. O mês missionário deste ano como tema: Jesus Cristo é missão e o lema: “Não podemos deixar de falar sobre o que vimos e ouvimos” (At 4,20) nos provoca a atualizar e renovar o mandato missionário de Cristo, sermos uma igreja “enviada às nações para ser o sacramento universal de salvação” (AG 1,862: LG 48,129), sinal ativo de Cristo na história que liberta todos os homens de todas as suas escravidões.

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Diante da realidade em razão da pandemia da Covid-19, situações de grande sofrimento e perigo que vivemos nestes últimos tempos abateu-se o ânimo das nossas comunidades, as oportunidades de encontro e de momentos de evangelização foram restritas e mesmo agora paira no ar uma insegurança e desconfiança por conta ainda da evolução da pandemia. O mês missionário dentro deste contexto continua a nos conclamar a ampliar nosso olhar missionário para as necessidades do mundo e abraça-las através do nosso testemunho e oração.

Na sua mensagem para o Dia Mundial das Missões e a Campanha Missionária o Papa Francisco nos diz “neste tempo de pandemia, perante a tentação de mascarar e justificar a indiferença e a apatia em nome de um distanciamento social saudável, a missão de compaixão é urgente e necessária por sua capacidade de fazer desse distanciamento recomendável uma oportunidade de encontro, cuidado e promoção”. Vivamos, pois, este mês missionário como instrumentos da compaixão e da esperança que brotam do amor do Cristo ressuscitado e da nossa vocação batismal. Entendermos que o campo de missão está ao nosso redor e que basta que abramos os nossos olhos e coloquemos os nossos dons a serviço, dizendo nosso Sim para que o Espírito Santo atue em nós e de forma criativa e atual sejamos testemunha do Cristo missionário.

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